Segundo as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei nº 12.796 de 2013, crianças a partir de 4 anos devem obrigatoriamente frequentar o sistema escolar, ou seja, devem ser matriculadas na pré-escola. Mas, como você provavelmente já sabe, aqui na Cataventura aceitamos crianças a partir de 18 meses. Por isso, criamos um ritual de passagem para os pequenos se acostumarem com a ideia de troca de turmas.
Além disso, existe também a troca de escolas, afinal, a legislação também determina que a partir de 6 anos as crianças não podem mais frequentar a pré-escola e devem ser matriculadas no 1° ano do ensino fundamental. Turma essa que ainda não existe na Cataventura. E é sobre isso que vamos falar no artigo de hoje, sobre como funciona o ritual de passagem na nossa escola. Continue lendo para conhecer a metodologia!
O que é o ritual de passagem da Cataventura?
Na Cataventura contamos com duas grandes turmas: a Nido, para crianças de 18 meses a 3 anos, e a G1/G2 para crianças a partir de 4 anos (ou um pouco menos, mas já já você vai entender o porquê) até 6 anos. Por isso, existem dois rituais de passagem, sendo o primeiro de uma turma à outra, ou seja, da Nido para a G1/G2, e o segundo do G1/G2 para a “escola dos grandes”, como costumamos apresentar para as crianças, que é quando os pequenos deixam a nossa escola para frequentar o ensino fundamental.
Em ambos os rituais, realizamos uma série de atividades para preparar as crianças psicologicamente para a mudança que vão vivenciar. Dessa forma, além de respeitar as determinações legais, também desenvolvemos um método único, seguindo a metodologia montessoriana, para respeitar o tempo de cada criança.
O importante para nós é que elas sintam-se respeitadas e validadas, fazendo cada etapa de acordo com o seu tempo e limites. Dessa forma, também preparamos as famílias, incluindo-as em cada parte do processo para que não exista nenhum tipo de choque na mudança.
Maturação sobre a mudança de fase
Mudanças bruscas são complicadas independentemente da fase da vida em que estivermos, não é mesmo? Então imagine para a cabeça dos pequenos, que estavam acostumados com uma rotina, com colegas, professores, sala de aula e, de uma hora para outra, precisam deixar tudo isso para trás para passar a fazer tudo diferente. Dificilmente dará certo, concorda? É justamente por isso que criamos os rituais de passagem, para que cada criança possa amadurecer aos poucos a ideia da mudança, dando passo por passo até sua nova rotina, com autonomia para guiar seu caminho até lá.
A metodologia Montessori é baseada no respeito das crianças como indivíduos únicos, que têm seu próprio tempo e desejo. Dessa forma, cada integrante da Cataventura é um guia para auxiliá-la nesse processo. Sendo assim, não impomos nenhuma mudança brusca, como a troca de turma, sem antes explicar o porque isso vai acontecer, conversar com ela sobre como se sentem e dar cada passo quando ela se sentir confortável para isso. Veja como isso funciona na prática!
Ritual de passagem de Nido para G1
O primeiro ritual de passagem da Cataventura acontece das turmas Nido para a G1/G2, durante a passagem dos 3 para os 4 anos de cada criança. Iniciamos esse momento de transição aos 3 anos para que a criança tenha um ano inteiro para se acostumar com a ideia e tenha a liberdade de fazer essa troca de turmas quando mais se sentir confortável. Sendo assim, abrimos a possibilidade de passagem duas vezes ao ano, uma na metade do ano e uma no final.
Durante esse período de preparação, convidamos as crianças a participar de algumas atividades na turma dos mais velhos, para que elas possam ir se acostumando ao novo ambiente aos poucos. Além dessas visitas, existem também momentos de atividades dentro da própria turma (que continua sendo a Nido até que a criança sinta-se pronta para fazer a passagem), com os professores realizando diálogos sobre a mudança, contando a trajetória da criança na escola até esse momento (para ressaltar seu crescimento), sempre com a utilização de fotos como suporte de apoio. Outro ponto essencial para que compreendam essa evolução e que estão se tornando crianças mais velhas é o processo que utilizamos de nomeá-las como ajudantes dos professores, responsáveis por auxiliá-los com os alunos mais pequenos que elas.
Ao longo desse processo, a partir do momento em que a criança apresentar maior tolerância e vínculo com a turma G1/G2, seu tempo na mesma passará a aumentar. Aos poucos, vamos observando sua evolução e, quando criança e familiares estiverem seguros, realizamos o ritual de passagem de uma turma à outra.
Neste momento, convidamos as crianças que já fazem parte da turma G1/G2 a recepcionar os colegas, confeccionando uma lembrança de boas-vindas que servirá como amuleto do novo amigo. A partir dessa entrega, também são relembradas as regras de convívio da turma para que todos estejam prontos para esse novo ciclo que se inicia.
Ritual de passagem para outra escola
Assim como o ritual de passagem de uma turma à outra, também realizamos um ritual para acostumar os pequenos com a ideia da troca de escola. Afinal, nem todos poderão seguir num ensino cuja metodologia é montessoriana e, caso o ritual não seja feito, podem ter dificuldades de se acostumar com a nova realidade.
Dessa forma, também começamos o processo no início do ano da troca de escola, convidando as crianças a se tornarem líderes que auxiliarão os professores a cuidar dos mais pequenos, participando das decisões e tendo que lidar com novas liberdades, mas também responsabilidades e deveres.
Ao longo do ano diversas atividades são realizadas para prepará-los para esse momento de troca de escola. Como, por exemplo: ensaios de como fazer amigos, como se apresentar a novas pessoas, como lidar com conflitos e muitos outros que oferecerão os mecanismos necessários para que se habituem à nova escola.
No final do ano, fazemos o ritual de passagem final, mostrando toda a trajetória de cada criança na escola. Além disso, elas também ganham um livro com atividades para realizarem em casa que auxiliam a compreender os sentimentos dessa mudança.
O papel da família
Bem, você pode estar se perguntando onde fica o papel da família em tudo isso. Acertamos? Então a gente responde: em absolutamente cada etapa do processo! Assim como com os pequenos, no início de um ano em que haverá uma passagem, seja ela de turma ou de escola, convidamos os pais para uma reunião para explicar mais detalhes dos rituais que te contamos aqui, abrindo um espaço para que possam tirar dúvidas, trocar experiências e sentimentos. Assim, eles também podem compartilhar suas angústias e entender como podem auxiliar seus filhos em cada etapa. Somente após essa conversa é que as atividades começam a ser realizadas com as crianças.
Além disso, também incentivamos que durante o processo realizado pela escola a família instigue a criança a imaginar o que vai aprender na nova turma e converse sobre os momentos vividos nessas atividades de passagem. Enfim, que estabeleça momentos de troca em que a criança se sinta confortável para compartilhar o que está vivenciando, assim como seus sentimentos sobre a situação.
Cada etapa que mencionamos aqui é fundamental para que as crianças não sofram na adaptação e possam compreender que ela não passa apenas de uma nova etapa de suas vidas, que virá acompanhada de novos amigos, novas aprendizagens e experiências. Se você quer conhecer mais sobre a nossa escola e a metodologia montessoriana, acesse nosso e-book e agende sua visita. Será um prazer te apresentar a Cataventura!