Pesquisar
Close this search box.

Educação Montessori: é sobre aprendizado

Educação Montessori: é sobre aprendizado

A parcela mais interessante da vida diz respeito à construção coletiva de aprendizados, aquele em que a vivência é constituída pela parceria, confiança e exemplo. Esse aprendizado é resultado da convivência privilegiada pela troca cotidiana de pensares, ações e percepções, mas, inevitavelmente, de ações que requerem consistência. Assim como o conhecimento não vem, simplesmente, de berço, as experiências que vivemos com o passar dos anos vão contribuir para o cidadão que vai atuar em sociedade, que servirá de referência para novos aprendizes. É isso o que defende a educação Montessori, continue lendo para entender melhor o porquê.

Adulto como suporte em uma relação mútua

A crença de que adultos são responsáveis pelas crianças, servindo como guias para os pequenos ao oferecer segurança e apoio, pressupõe que o processo de aprendizado ocorra naturalmente, com autonomia. Na educação Montessori, a observação e a relação intersubjetiva são mais importantes do que o modelo tradicional de avaliação. Diante da concepção de que a criança é capaz do “fazer” por conta própria, a figura do cuidador é um espelho que serve como exemplo em uma perspectiva sobre como a criança pode aprender.

A sutil diferença entre “ensinar” e “aprender a fazer fazendo” na educação Montessori

Em uma estreita interpretação, a educação limita a criatividade porque se trata de seguir um ponto de vista pronto. Quando na educação Montessori, a criança é exposta a possibilidades de aprendizado para que construa o próprio conhecimento, o papel do adulto passa a ser de facilitador e não de educador.

Vale lembrar que na educação tradicional o controle sobre o aprendizado é associado ao modelo tradicional de avaliação e a criança acaba repetindo o que foi “ensinado” a ela sem uma construção de conhecimento real. Fica clara, portanto, a diferença entre uma relação horizontal, constituída fraternalmente pela troca, e a relação vertical em que um ser sabe mais do que outro que funciona pela transferência de conhecimento. Ao aceitar a possibilidade de que o adulto possui um poder que a criança deve adquirir é feita a suposição de que a criança não pode aprender por conta própria. Disponibilizar recursos e experiências não é o bastante na educação tradicional porque o conhecimento do professor é transmitido ao aluno. Afinal, o professor é “aquele que professa” por definição. Essa forma de ver o processo de aprendizagem é um engano do ponto de vista de Montessori.

O conceito de educar está diretamente ligado à educação tradicional: aquele que educa e ensina a criança sobre algo está em uma posição superior, o que resulta em “formatação”. Esse pensamento associado ao educar remete a máquinas, justamente o que o método Montessori questiona, já que adulto e criança são dois seres com conhecimentos próprios dispostos a partilhar saberes. É uma visão que contempla muito mais o desenvolvimento na infância do que teorias pedagógicas pautadas no posicionamento hierárquico de adulto que sabe e criança que recebe o saber.

O aprendizado em uma relação de via dupla: a nova educação

Ciente de que a criança tem conhecimentos diferentes do adulto refletidos pelas experiências desde o nascimento em família, Montessori propõe uma relação recíproca sem o uso da palavra “educação” porque o desejo do saber faz parte da natureza do ser humano. Trata-se de considerar o contexto cultural em que se desenvolve. Dessa forma, o termo educação precisa ser desconstruído para que a metodologia Montessori seja compreendida: é uma nova educação!

Dentro da proposta Montessori, o desafio do mestre deixa de ser fornecer conhecimento em um quadro limitado, com um currículo previamente definido e rígido para uma função mais estratégica de acompanhar o entusiasmo das crianças com um olhar para contribuir com ações que possam avançar nos seus processos de aquisição do conhecimento.

Objetivamente, enquanto na educação tradicional a técnica de ensino é pautada em uma progressão de acordo com uma ordem pré-estabelecida para orientar o trabalho posicionando a criança como agente passivo, na escola Montessori a criança é um ser ativo no seu processo de conhecer, que convive em um ambiente preparado que a permite se sentir livre. O educador formatador abandona esse perfil para se tornar o guia que apoia essa dinâmica natural na criança que busca por conta própria se experimentar, testar possibilidades e aprender.

Descobrindo o aprender

Na Cataventura, o mestre busca cultivar um traço de união entre a criança, o mundo que a cerca e as demais crianças presentes de acordo com leis interiores de elaboração mental. Cultiva-se em nossa escola de educação infantil, o papel de estimular o interesse muito mais do que ensinar. Um ambiente organizado, com materiais pensados para propor oportunidades de exploração de aprendizado em que o educador é o responsável pela segurança da criança, por meio de uma relação mútua pela vivência na construção coletiva. Nesta convivência, juntos, educador e criança, exploram possibilidades e descobrem o aprender!

Compartilhe este conteúdo:

Você também vai gostar deste conteúdo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Sim! Abrir o Whatsapp
Precisa de ajuda?
Olá
Podemos te ajudar?
Ao iniciar o chat, você está compartilhando seu número de telefone conosco e autoriza o contato de nossa equipe com você. Leia nossa política de privacidade se tiver alguma dúvida sobre isso.