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O papel da escola na educação infantil

O papel da escola na educação infantil

Começo esta conversa, convidando você a pensar sobre a sua própria vida e nas influências em sua formação como ser humano, incluindo aqui o papel da escola na educação infantil. Na vida adulta, os momentos, aprendizados, vivências, resolução de problemas, interação com o próximo e trocas com quem convivemos ocorrem em espaços específicos? É evidente que não. Somos um pouco do ambiente, das pessoas com quem trocamos palavras e talvez do sol que brilha ou da chuva que cai lá fora.

Somos sujeitos em construção, não é mesmo? Daí o papel da escola para que essa troca seja rica e permita o crescimento em conjunto. É, justamente, neste ponto que vale a reflexão: como seria abraçar um aprendizado que não é linear rumo ao progresso com o ápice na perfeição? Como nos sentiríamos ao aceitar que se desenvolver é uma estrada cheia de curvas, altas e baixas, com múltiplos destinos e uma boa dose de imprevistos? Convido você a desconstruir fórmulas, questionar receitas prontas e visualizar possibilidades, identificando o lugar da família e da escola.

Um convite: é chegada a hora de desconstruir mitos sobre o papel da escola!

A convivência com nossos filhos é brindada por uma riqueza incomensurável em que clichês necessitam ser superados. Quando a liberdade para desenhar relações de respeito mútuo e afeto existe, os pré-conceitos são invalidados pelo dia a dia. Há quem diga, sim, que o papel da escola é ensinar e o papel da família é educar como se o ensino e a educação não fossem sinônimos que levam a um mesmo ideal: formar um ser humano. Todavia, quando nos colocamos no lugar de ‘detentores do saber que se deve ter’ buscando formar outros seres temos de fato tanta sabedoria que dispense a necessidade ouvir sobres as necessidades e caminhos que o outro deseja percorrer em busca da sua própria sabedoria?

Ensino versus educação: uma conta que não fecha

Se a família é o primeiro universo conhecido por uma criança, seguido pela inserção da escola, é preciso reconhecer o importante papel de ambas as instituições no processo de aprendizagem e desenvolver uma parceria pelo bem da criança. O paradigma a vencer é: ao invés de segmentar uma da outra, aceitar a importância complementar e enxergar o todo. Afinal, o valor da família, que, por óbvio, não será terceirizado, está nos laços que se fortalecem ao mostrar aos pequenos os caminhos para abraçar o mundo, que vêm da convivência no ambiente em que estão, seja a casa dos pais, avós ou a escola. Não se trata de lugar, mas de pertencimento. Afinal, a realidade mostra que valores são ensinados pelo convívio entre as pessoas e não em espaços pré-determinados.

Educação com o mundo ao redor e na construção do próprio eu

Vale resgatar a palavra “Educação”, em português, que vem de “Educar”, originada do Latim EDUCARE, derivado este de EX, que significa “fora” ou “exterior” e DUCERE, que tem o significado de “guiar”, “instruir”, “conduzir”. Literalmente, educação teria o sentido de “guiar para fora”, mas essa direção se dá em relação ao mundo exterior e também a si mesmo. Quando escola e família dão as mãos, o aprendizado é fortalecido porque quatro, seis, oito mãos são mais consistentes em resultado do que duas.

A pedagogia do amor inspirada por Maria Montessori

Em um ambiente Montessoriano, a pedagogia do amor sempre será bem-vinda porque cultivar a autoestima contribui para acolher os alunos e para o estímulo também no ambiente escolar. Maria Montessori, científica de profissão e humanista de coração, vê na criança “uma fonte de amor”. Trata-se de reconhecer a criança como protagonista do processo de aprendizagem do mundo que a rodeia ao lado do professor, apostando no amor como energia vital, para a construção da própria identidade.

Dignidade, autonomia e autoestima são aliadas no “aprender a aprender”. Dessa forma, o papel do adulto é ajudar a criança no desenvolvimento cognitivo e motor, independente de rótulos. Como dizia Maria Montessori: “a educação é uma ajuda à vida”. Nada substitui o amor às crianças como ferramenta cognitiva no processo de preparar o ambiente para acompanhar as fases de desenvolvimento da aprendizagem e no crescimento.

Em tempo: não se permita ser aprisionado por verdades universais. Tente ver além, em especial, quando o resultado está atrelado à construção de um novo ser que vai, inevitavelmente, estar em construção constante.

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