Pesquisar
Close this search box.

O que significa uma escola inclusiva?

O que significa uma escola inclusiva?

Na Cataventura sempre gostamos de abordar assuntos que pautam a vida das famílias, das crianças e da sociedade. Acreditamos que este é um dos pontos cruciais para se criar debates sobre temas fundamentais. Levantando questionamentos podemos trazer à luz novas perspectivas e, quem sabe, adotar novas atitudes. Por isso, no artigo de hoje queremos conversar um pouco com vocês sobre o conceito de uma escola inclusiva.

Do que se trata? Por que devemos falar sobre isso? Como a Cataventura, dentro da metodologia montessoriana, se enquadra nesse conceito? Continue lendo para descobrir!

Escola inclusiva é sinônimo de respeito

O conceito da escola inclusiva nada mais é do que integrar na comunidade escolar estudantes com deficiência. Ou seja, ao contrário de matriculá-los em escolas especializadas para suas condições, o conceito prega sua inclusão no seio de uma escola “tradicional”, compartilhando os espaços e a rotina com colegas neurotípicos.

Dentro da legislação brasileira diversos são os aspectos legais que abordam essa inclusão e estabelecem a forma com que ela deve ser feita. O intuito deste artigo não é o de se debruçar nestes termos, mas sim compreender como a inclusão faz parte da metodologia montessoriana e de que forma ela ocorre na Cataventura.

Neste sentido, o primeiro aspecto a se assimilar é que em Montessori todos os seres são únicos e o ambiente precisa estar adaptado para receber a todos. Sob este ponto de vista, podemos dizer que as escolas montessorianas são, desde sua origem, escolas inclusivas. Muito antes deste termo sequer existir.

Por isso, em nossa escola todas as diferenças são respeitadas, sejam elas quais forem. Os limites de cada criança são respeitados porque as enxergamos como indivíduos que merecem ser tratados de igual para igual, sem imposições apenas porque são crianças, mas logo falaremos mais sobre isso. Dessa forma as limitações de crianças com deficiência são respeitadas, assim como as de todos os outros estudantes que fazem parte da nossa escola.

O exemplo do espectro autista

Recentemente tivemos um caso que pode exemplificar perfeitamente o que estamos querendo dizer. Uma de nossas crianças, que está no espectro autista, é extremamente sensível aos gritos. Por isso, conversamos com todos os integrantes de sua turma para que eles tomassem cuidado com isso e não gritassem quando o colega estivesse presente. Não por ele estar no espectro, mas porque essa é sua necessidade e, como grupo, devemos respeitá-la.

A interferência adulta e os limites

É fundamental frisar que cada pessoa com deficiência é diferente da outra e cada família também. Sendo assim, não temos uma receita exata do que funciona ou não. Cada processo é visto individualmente, conforme suas necessidades.

A metodologia montessoriana envolve sim uma parte técnica muito ampla, que vai guiar os profissionais que trabalham com ela para dar um norte no trabalho com essas crianças e famílias. Porém, o fundamental é ter em mente que quando nos referirmos a respeitar as necessidades de cada criança não estamos querendo dizer que limites não serão impostos. Muito pelo contrário. O que diferencia a nossa escola dos métodos convencionais de ensino é a forma com que esses limites são estabelecidos e transmitidos para cada criança.

Você pode ler mais sobre o assunto neste artigo: Métodos que ensinam a todos.

Escola tradicional X Escola inclusiva

Teoricamente ambas as escolas têm o mesmo objetivo de transmitir conhecimentos para as crianças, sejam eles acadêmicos ou relativos à vida diária. A diferença está, então, na forma como esses ensinamentos serão assimilados.

Enquanto na educação tradicional o conhecimento está, na maior parte do tempo, associado à obtenção de notas, na educação inclusiva o essencial é a verdadeira assimilação da aprendizagem. Dessa forma, entende-se que ela pode acontecer de diversas maneiras e não apenas por intermédio de um professor que transmitirá seus conhecimentos para estudantes que deverão os memorizar para passar uma prova final.

Enquanto a educação tradicional visa intensamente o desenvolvimento cognitivo e mental, muitas vezes sendo excludente para crianças que não aprendem da forma dita convencional, a educação inclusiva, como o método Montessori, por sua vez, respeita a individualidade das crianças e proporciona ensinamentos tendo como apoio, por exemplo, a natureza, a música e a criatividade. Incentivando, inclusive, que essas aprendizagens sejam adquiridas de maneira autodidata, vendo o adulto como um mediador desse aprendizado que, por sua vez, também pode aprender muito com os pequenos.

Diagnóstico importante para a garantia de direitos

Neste sentido cabe destacarmos que, dentro da metodologia montessoriana, compreendemos que o diagnóstico é fundamental para identificação dos limites de cada criança, mas, muito além disso, por questões de identificação e de garantia de direitos.

Na Cataventura seus limites serão respeitados independentemente de qualquer laudo, porém sabemos que, infelizmente, essa não é a realidade da nossa sociedade. Portanto, o diagnóstico segue sendo importante como um dos elementos relevantes diante da complexidade da criança e de seu contexto de necessidades.

Compartilhe este conteúdo:

Você também vai gostar deste conteúdo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Sim! Abrir o Whatsapp
Precisa de ajuda?
Olá
Podemos te ajudar?
Ao iniciar o chat, você está compartilhando seu número de telefone conosco e autoriza o contato de nossa equipe com você. Leia nossa política de privacidade se tiver alguma dúvida sobre isso.