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5 dicas práticas da metodologia Montessori

5 dicas práticas da metodologia Montessori

Muitos pais que procuram a Cataventura para matricular seus filhos entram em um novo universo: o da educação Montessori. O entendimento dessa pedagogia, aos poucos, vai sendo incorporada no cotidiano da criança e dos pais. Neste momento, outra questão muito comum vem à tona. Como levar a metodologia para a rotina familiar?

Pensando nisso, preparamos este artigo com 5 dicas práticas para você começar a aplicar a metodologia Montessori na sua casa hoje. Lembrando que, na Cataventura, fazemos o acompanhamento das famílias, conversando sobre o desenvolvimento infantil e propondo ações a serem realizadas em casa. Esta é apenas uma breve introdução dentro das inúmeras possibilidades desta metodologia educacional, ok?!

Dito isso, vamos começar entendendo algumas questões essenciais…

O olhar para a criança

A metodologia Montessori tem 3 pilares essenciais, baseados em cuidados: consigo, com o outro e com o ambiente.

A grande questão é que, o conceito dos 3 pilares passa primeiramente pelo reconhecimento da criança como ser humano pleno em sua existência e não como um ser que precisa ser moldado pelos adultos e para contemplar as expectativas dos adultos, apesar de necessitarem de direcionamento. Os adultos não são os grandes detentores do conhecimento que precisa ser transmitido para as crianças, são apenas facilitadores de algumas aprendizagens e, por sua vez, também aprendem com as crianças.

Além disso, a autonomia é outro grande pilar montessoriano. Em seus estudos, Maria Montessori, criadora da metodologia, percebeu que crianças eram capazes de conduzir suas próprias aprendizagens quando lhes era dada liberdade para escolherem os materiais e os momentos em que desenvolveram certa atividade, em um ambiente previamente pensado para tal.

O grande problema de uma educação que parte do adulto é que muitas vezes as exigências que o adulto faz à criança dizem respeito às suas próprias necessidades, desconsiderando que o interesse da criança mostra o que ela precisa saber naquele momento de sua vida. Além disso, como apontava Montessori, muitos dos desejos dos pais em relação aos filhos está ligado a uma certa vaidade, um sentimento de obrigação em provar algo sobre si para a sociedade, por meio de seus filhos.

Essa autonomia também se reflete no currículo de escolas que se enquadram na metodologia Montessori. Privilegiando a individualidade de cada criança, entendo-os como indivíduos que têm seus próprios gostos e vontades, e incentivando outros tipos de aprendizagens mais essenciais que as tradicionais disciplinas curriculares. Como, por exemplo, o incentivo ao autoconhecimento, que falaremos mais adiante, e o desenvolvimento de competências de sociabilidade.

1 – Entenda que liberdade não significa permissividade

Quando falamos em dar autonomia para a criança, muitos pais confundem a afirmação com a falta de estabelecimento de regras a serem seguidas. Não é esta a questão. O ponto está na forma como isso é feito e passado para a criança.

É importante que a criança se sinta ouvida e respeitada, que perceba que suas opiniões são levadas em consideração. Dessa forma, nossa sugestão, seguindo a metodologia Montessori, é que você estabeleça combinados com ela, explicando suas motivações.

Vamos pegar uma situação muito comum como exemplo: a criança quer comer um doce pouco antes da hora do almoço. Ao invés de gritar, brigar e apenas dizer que ela não pode fazer isso, procure mudar sua atitude. Abaixe-se para ficar no nível do olhar da criança, fale com ela com calma e explique o porquê este não é o momento para comer um doce. Fale sobre a saúde, sobre a importância de se alimentar corretamente e proponha que ela coma o lanche depois do almoço, como uma sobremesa.

Claro que a frustração da criança virá, mas é aí que temos a oportunidade de demonstrar uma atitude acolhedora, mantendo, contudo, o posicionamento firme em relação ao que é cuidado e responsabilidade do adulto prover (neste caso em relação à saúde). Manter as regras necessárias é tão importante quanto oferecer liberdade e escuta.

Você consegue notar a diferença? Com certeza é importante que os pais definam regras, mas que não repassem isso de forma autoritária. O diálogo é um ponto muito importante. Inclusive, esteja aberto a ouvir a opinião da criança sobre os assuntos, mostre-se atento e evite interrupções em suas falas. Isso mostrará a elas que suas opiniões também importam e serão levadas em consideração por você.

2 – Incentive o autoconhecimento

O fato de escutar a criança e levar sua opinião em consideração pode até parecer simples, mas terá um efeito surpreendente na vida. Pesquisas apontam que este sentimento de pertencimento pode fazer uma grande diferença no psicológico, tendo em vista que adultos que não tiveram isso na infância estão mais propensos a desenvolver ansiedade.

Além disso, ao ter essa relação de diálogo com a criança, você estará a incentivando a refletir, a pensar sobre suas vontades, seus gostos pessoais, o que as incomoda, enfim, uma série de questões que as farão conhecer a si mesmas. Outro ponto fundamental neste processo é que você explique a ela alguns sentimentos talvez ainda não experimentados até o momento, como tristeza, raiva, frustração, etc.

Isso é importante para que a criança aprenda a identificar seus sentimentos e o que pode fazer para gerenciá-los. Uma dica muito simples, além da conversa, que pode te auxiliar neste passo, é permitir que a criança brinque em frente ao espelho e até mesmo desenhe nele.

3 – Promova a autonomia incentivada pela metodologia Montessori

Por falar em brincadeira, a autonomia proposta pela metodologia também está em permitir que a criança decida com o que quer brincar. Por isso, diversos materiais falam sobre “móveis montessorianos”, que, na realidade, são apenas instalações que permitem à criança se movimentar de forma livre e autônoma por seu quarto.

O objetivo do ambiente adaptado em Montessori envolve liberdade de movimento, porém, o aspecto mais importante é que a criança sinta que aquele espaço no qual vive leva em consideração suas necessidades, seus modo próprio de ser. Os ambientes projetados para adultos geram uma série de obstáculos ao desenvolvimento natural da criança, além de incentivarem uma relação de dependência que a impede de utilizar sua energia para o cuidado de si.

Por exemplo, quando uma criança sente sede e não pode alcançar o copo, chama o adulto e espera ser servida. O adulto é interrompido e, ao longo de um dia de solicitações simples, se sente exausto. A criança fica com a informação indireta de que não é capaz de cuidar da própria sede e retem um excesso de energia sem direção, que parece inesgotável, visto que a natureza lhe dá energia para ser ativa, não um ser passivo que recebe tudo em mãos, o dia todo, enquanto fica aguardando.

Estantes mais baixas, por exemplo, permitem que a criança possa escolher seu brinquedo da vez sem o auxílio dos pais ou de outro adulto. Além disso, também possibilitam que ela saiba onde encontrar o que procura e consiga lembrar onde guarda seus objetos, marcando o fim de um ciclo de interesse. Algo simples, mas que demonstrará à criança que ela pode fazer suas próprias escolhas. Mas, claro, sempre lembrando que o ambiente precisa se manter organizado (de acordo com a regra estabelecida com a nossa primeira dica, lembra?).

4 – Participação na rotina

Seguindo no tema da organização, uma dica prática da metodologia Montessori que pode ser bem interessante para a rotina da sua família é inserir a criança nas atividades diárias. Isso proporcionará a ela um senso de responsabilidade e comprometimento, além de poder perceber na prática a importância de um ambiente organizado, que surpreendentemente não se arruma sozinho, não é mesmo?

A tendência é que seu filho perceba sua importância na rotina da casa e como seu papel é fundamental para que o ambiente se mantenha limpo e organizado. Claro que isso deve ser feito levando em consideração a faixa etária da criança e distribuindo as tarefas com funções que ela de fato consiga realizar.

Algumas sugestões simples, mas que fazem toda diferença, são: pedir que ela retire seu prato da mesa, que arrume sua cama, que se vista sozinha, etc. A independência que você estará proporcionando a ela com esses pequenos atos, com certeza serão essenciais para sua vida adulta, não tenha dúvida.

5 – Incentive a convivência com crianças de diferentes faixas etárias

Lembra do cuidado com o outro, que comentamos lá no início do texto? Bem, essa é uma das ações práticas que está diretamente relacionada a este princípio da metodologia Montessori.

A convivência com crianças de diferentes faixas etárias pode funcionar como uma amostra do que elas encontrarão na sociedade. Pessoas não só com idades diferentes, como também gostos, brincadeiras, etc. Além disso, umas poderão aprender e ajudar as outras, apenas ao brincar.

Dica extra: leia sobre o assunto

Você já parou para pensar como em todos os ramos da vida estudamos, menos para criar nossos filhos? Estudamos para aprender a ler, para saber o básico de matemática e outras matérias, para fazer uma faculdade e conseguir um emprego, para nos aprimorarmos em nossa carreira, etc. Mas acreditamos que criar outro ser humano seja uma função intrínseca, um extinto que magicamente surgirá ao nos tornarmos mães e pais. O que não condiz muito com a realidade né?

Ser o suporte para uma criança e fornecer os meios para que se desenvolva está na lista de funções mais difíceis a se exercer. Algo que não vem com manual e precisa ser aprendida assim, na prática. Porém, ler sobre o assunto pode ajudar, e muito, nessa missão.

Por isso, nossa dica é que, se você se interessa pela metodologia Montessori, passe a ler sobre o assunto. Temos um artigo aqui no blog com algumas sugestões que valem a pena você dar uma olhada.

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